Como foi o primeiro trimestre de gravidez

Boa noite leitores,

Hoje venho contar-vos como foram os meus três primeiros meses de gravidez.

Em resumo, não foi muito fácil tanto a nível psicológico como físico.
Vivia em constante medo, não desfrutei daqueles pensamentos de gravidez romantizados que aparecem nos filmes onde tudo é belo e maravilhoso, nem sequer me sentia gravida e era como se tudo não passasse de fruto da minha imaginação.

Como já tinha tido uma gravidez de alto risco da minha filha, um aborto espontâneo e tentado engravidar por 2 anos sem sucesso (clique aqui para mais pormenores) o meu histórico não estava a meu favor e isso deixava-me angustiada e com medo de que alguma coisa pudesse voltar a correr mal.
Na minha cabeça havia tanta coisa que podia dar errado... e se a placenta não estivesse implantada no sitio certo? E se sofresse outro aborto? E se a gravidez não evoluísse? Tinha que estar preparada para tudo... O primeiro trimestre é uma altura de grandes duvidas e ansiedades especialmente quando já passamos por algumas experiências ruis no passado.
Ao mesmo tempo que estava feliz por estar gravida, por outro lado tentei bloquear qualquer “empolgação de gravidez”, porque não queria ter que conviver com uma nova dor de perda.

Créditos da imagem

Para muitas mulheres o primeiro trimestre é cheio de desconfortos e sintomas desagradáveis e comigo não foi diferente, da gravidez da minha filha não tive os típicos sintomas desagradável, mas desta vez eles vieram em força... deixo-vos uma lista dos principais sintomas que me acompanharam pelas primeiras 12 semanas..

Cólicas no baixo ventre (especialmente do lado esquerdo)
Seios inchados e dolorido
Olfato apurado
Aversão a cheiros fortes, especialmente de comida (o que piorava os meus enjoos)
Azia
Muitas náuseas e enjoo (duravam o dia todo)
Prisão de ventre e flatulência
Vontade de fazer xixi a toda hora
Instabilidade emocional
Muito sono e cansaço
Fadiga

Além de tudo isso, descobri a gravidez com 3/4 semanas e só por volta das 8/9 semanas é que consegui fazer uma ecografia para ouvir o seu coração e confirmar se estava bem implantado no sitio certo (clique aqui para saber mais), até essa data o medo de uma gravidez ectópica não me largava, especialmente porque tinha muitas cólicas constantes do lado esquerdo no baixo ventre.

Quando finalmente fiz essa ecografia la consegui relaxar um pouco, mas ainda tinha a questão do pré-natal, como não tinha medico de família e não queria estar a faltar ao trabalho, até àquele momento não tinha tido nenhum acompanhamento e estava a chegar perto da altura de fazer a ecografia do 1º trimestre onde é medida a translucência nucal (uma avaliação que indica se o bebe apresenta algum risco de trissomia). Resumindo, só perto do final do primeiro trimestre que consegui ter uma medica de família para iniciar o pré-natal no centro de saúde e no mesmo dia iniciei o acompanhamento com uma obstetra numa clínica privada (onde comprovei por ecografia que já estava de 12 semanas e não de 11 semanas como eu pensava).

Ecografia com 12 semanas

Foi magico fazer essa ecografia com a obstetra, ali estava o meu tesouro saudável, forte, perfeitinho e muito mexido... na hora me bateu um orgulho, uma alegria... finalmente podia comprovar que estava tudo a correr bem, que ela estava a evoluir bem e ao mesmo tempo já estava saindo daquele terrível período de risco. Foi aí que passei a entender a responsabilidade que estava nas minhas mãos, e também me permiti acreditar que dessa vez tudo ia dar certo. No final da ecografia ainda recebi a revelação do sexo do bebe (deixo a revelação para outra postagem)

E assim terminei ao primeiro trimestre de gravidez... Nada mágico ou romântico como acontece nos filmes. Foi um começo difícil, repleto de contratempos, ansiedade, medo e angustia, mais que no fim me rendeu um frutinho maravilhoso que hoje mexe e pula com muita vitalidade no meu ventre.